Pages

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Carta aos jovens


Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem discman.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.

Papa João Paulo II

domingo, 4 de julho de 2010

Do Fim pro início



















Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

(Clarisse Lispector)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Poema



MINHA MENINA!

Passa a menina, eu vejo pela janela
Tão atrevida, me alegro com ela
Mesmo de longe, o dia clareia
Passa, menina, muito faceira

Eu só queria andar do seu lado
Se tornar seu namorado
Conversar sem medida
Eu só podia sonhar com seu encanto
E mesmo no pranto, fazê-la sorrir

Ah! Minha menina, como você me fascina
Pois não há dor que duro, quando você vira a esquina
Rebolando faceira, com seu vestido rendado
Parece até programado pra me fazer pausar

E o tempo já não se mede
Nem a dor prevalece
Pois tu me lembra, minha menina querida
Que não se passa pela vida sem aprender a amar!


[Para a minha menina Hamanda! - Sarah Cavalcante 01/05/2010]

sábado, 1 de maio de 2010

Poesias Reunidas




"o que faço de bom
faço malfeito
pareço artificial quando sincera
mera falta de jeito pra viver
sou a filha predileta do defeito"









"Quando começam as pontadas
fico paralisada de medo
raio x dos meus devaneios
motivos de sobra pra doer
a febre aumenta a cada emoção
as batidas aceleram ao ouvir teu sono
sei que dormes enquanto agonizo
eu te odeio na escuridão
eu sei
é impossível sofrer a dois
de nada adiantaria tua preocupação
minha hora chega lentamente
e eu não pretendo te acordar
pra não te ver branco e sem voz
a me dizer adeus
eu não durmo, aterrorizada
porque a danada vem me buscar esta noite
eu espero, lingerie e lágrima
convulsão e testa suada
cabelos molhados, encharcados, pavor
são 4:20 da madrugada escolhida
hoje ela vem, hoje eu sei que vou
mas sem despertá-lo para o pesadelo
em que estou
é hora agora
o arrepio chega mansinho, meu corpo
esparrama
e na cama
me vem a definitiva surdez...
quinze pras oito da manhã
ainda não foi dessa vez"







eu quero em mim
uma pessoa
não muito assim
ou muito não
eu quero em mim
uma pessoa
geral
poucos muitos
mas muitas coisas
muitas vidas
pessoa assim
nem muito ou pouco
mas pessoa
em tudo e em todas
total



quanto mais palavras saem de minha boca
mais me dou conta de que não sou eu que falo
pois o que penso não tem nada a ver
e o que faço já é outro papo
e o que pareço já nem sei contar







vou andando devagar
olhando para um lado
para o outro
rindo ali, pensando aqui
de repente
vejo você na minha frente
e até pararia de andar
se você não fosse
estacionamento proibido






a emoção que veio vermelha
virou saudade branca
do teu olhar azul
do meu sorriso amarelo
e daquele nosso desejo
tão cor-da-pele
e ficou a lembrança cor-de-rosa




(Martha Medeiros)